Muito se escreverá sobre João Carlos Alfonso Víctor Maria de Bourbon e Bourbon-Duas Sicílias, ou simplesmente o Rei Juan Carlos, de Espanha. A vida dele é cheia de paradoxos que mostram um grande estadista. Ele que foi escolhido pelo ditador fascista Franco para ser seu sucessor e mantenedor do regime e foi um dos maiores responsáveis pela transição da Espanha a democracia, que encerrou esse regime. Era tido, nas calles como Juan, o Breve e reinou por quase 40 anos.
Em 1981, sua atuação e principalmente o discurso que vai abaixo impediram um golpe militar em curso e consolidou a democracia espanhola. E deu certo caráter de estabilidade ao processo. Em seu discurso de abdicação televisionado, explicou que refletiu sobre a necessidade de uma nova geração assumir os destinos da Espanha, mas fez questão de enfatizar a estabilidade como função da Coroa:
“Mi hijo Felipe, heredero de la Corona, encarna la estabilidad, que es seña de identidad de la institución monárquica. Cuando el pasado enero cumplí setenta y seis años consideré llegado el momento de preparar en unos meses el relevo para dejar paso a quien se encuentra en inmejorables condiciones de asegurar esa estabilidad.
El Príncipe de Asturias tiene la madurez, la preparación y el sentido de la responsabilidad necesarios para asumir con plenas garantías la Jefatura del Estado y abrir una nueva etapa de esperanza en la que se combinen la experiencia adquirida y el impulso de una nueva generación. Contará para ello, estoy seguro, con el apoyo que siempre tendrá de la Princesa Letizia.”
Mas, nesse momento em que termina o reinado de Juan Carlos volto àquela tensa noite de 23 de fevereiro de 1981, quando um ainda jovem monarca deixava clara a sua opção democrática.
PS: Não tem como esquecer o “¿Por qué no te callas?”, reveja.
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