Alguns ataques terroristas extremistas são tratados legalmente como crimes de ódio, tentativa de homicídios, homicídio, mas são em seus métodos e objetivos ações terroristas. Um desses ataques que será qualificado como crime de ódio e racismo foi o ataque a tiros ocorrido, em Kansas City, no estado americano do Kansas.
O responsável pelo ataque foi um verme* supremacista ariano (que é palavra grande pra racista), membro da Klu Klux Klan e neonazista, de 73 anos abriu fogo contra membros da comunidade judaica, na véspera do inicio das comemorações da Passach, a festa da libertação, a famosa Páscoa Judaica.
O ataque deixou 3 mortos, um avô e seu neto, escoteiro, e uma senhora assassinada num asilo judaico. O avô e o neto eram cristãos, como é de macabro costume os terroristas sempre matam mais pessoas dos grupos que eles dizem defender.
Como bem colocou Guga Chacra em seu blog:
“O atirador, depois de preso, teria gritado “Heil Hitler”. E não, ele não era muçulmano, como muitos islamofóbicos gostariam que fosse apenas para terem mais uma oportunidade de atacar os muçulmanos. O terrorista (sim, usarei esta expressão) era um americano branco, supremacista, racista, cristão, membro de Ku Klux Klan e de 73 anos chamado [...]*.
Existem pessoas que se tornam antissemitas por serem anti-Israel. Estas são mais comuns no mundo árabe. Existem pessoas que são anti-Israel por serem antissemitas. Estas são mais comuns na Europa. E existem pessoas que são antissemitas independentemente da posição que possuam em relação a Israel, pois também tendem a odiar os palestinos. Estes são os neonazistas europeus, americanos e mesmo no Brasil. Isto é, são antissemitas e islamofóbicos (e anti-árabes, pois em alguns casos não toleram cristãos do Oriente Médio) ao mesmo tempo.
Eu mesmo já ouvi de pessoas conhecidas que “judeus” e “libaneses” são os responsáveis por uma série de problemas do Brasil, como corrupção. Claro, estas pessoas, se ficarem doentes e tiverem condições, certamente tentarão se internar no Einstein ou no Sírio-Libanês. E não verão o menor problema em serem atendidos por um médico com sobrenome árabe ou judaico.”
Velhos ódios são persistentes e mesmo quando politicamente irrelevantes ainda são capazes de causar dor, e mostram quão difícil é tentar prevenir um ataque terrorista de algum fanático isolado, portanto, é preciso tratar com seriedade todo discurso radical, por mais caricato que pareça, ele pode esconder um verme assassino prestes a atacar.
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*Ainda que a terminologia verme seja bastante agressiva é assim que esse blog vê os terroristas e sempre usa o termo no lugar do nome dos terroristas.
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