Coletivista é aquele que crê que os interesses das abstrações sociais (classe, raça, gênero, etc.) são mais importantes que o individuo. Em geral, eles tratam o individuo como algo que deve ser enquadrado em padrões de desejos e comportamentos que seriam definidos pela estrutura coletivista que pertenceriam. O coletivista julga está fazendo o melhor para humanidade e geralmente tem um horizonte utópico arrebatador, basta ver as duas maiores expressões do coletivismo no século XX (Socialismo e Fascismo), para identificar as tendências que descrevo.
Para os adeptos do coletivismo, que não duvidem é um conceito muito difundido e influente, o pior comportamento humano possível é o individualismo, pois para eles o individuo nada mais é que um ente a serviço da causa. E a causa é sempre nobre, os comunistas tomaram o poder para realizar a justiça social plena e com um horizonte utópico desses o que são alguns milhares de “alienados” mortos ou encarcerados?
Quem ousa pensar diferente é um perigo é alguém a ser silenciado, afinal olha como é bom o futuro prometido e o caminho pra chegar lá é silenciando o dissidente. É um mecanismo de controle eficiente e funciona bem, afinal, quantas críticas ao individualismo “selvagem”, “egoista” e outros muitos adjetivos lemos por ano? Agora mesmo o leitor desse texto pensou em várias.
Certa vez, quando eu reclamava do impacto negativo que certa aventura econômica do governo teria sobre os preços que eu pago sobre um produto um conhecido professor e escritor no campo das RI não duvidou e taxou um: “mesquinho e egoísta”. Eu tolamente tentei demonstrar que isso não era verdade, sou até moderadamente generoso e faço muitos trabalhos voluntários para a comunidade, mas tudo era respondido a ironia e soberba dos que se julgam superiores por seus valores coletivistas (e não importa quantos crimes esses valores tenham causado, nessa hora a culpa é estranhamente individual). Por fim, desisti do debate. Não haveria ali nada além de discurso emocional, carregado em palavras militantes, uma chatura sem tamanho.
Essa história me veio a cabeça e decidi compartilhar uma frase com vocês que soará como uma verdadeira heresia contra os dogmas do coletivismo. Mas, pareceu-me apropriado compartilhar.
“Minha felicidade não é um meio para nenhum fim. Ela é o fim. Ela é seu próprio objetivo. Ela é seu próprio propósito. Tampouco eu sou um meio para qualquer fim que outros possam desejar realizar. Eu não sou um instrumento para seu uso. Eu não sou um servo de suas necessidades.” Ayn Rand
Reitero: “Eu não sou instrumento para seu uso. Eu não sou um servo de suas necessidades”. Eu não sou uma ‘categoria de pensamento’, eu sou um indivíduo e um indivíduo permanecerei.
Comentários