Pular para o conteúdo principal

A crise ucraniana: alguns elementos para a reflexão

ucraniaemchamas2 Nas ultimas semana, foram produzidos milhares de Terabytes de informação sobre a Ucrânia, Rússia, Otan, EUA e China. Essa enxurrada de informações enriquece as análises, mas também cria um desafio tremendo que, aliás, é o desafio dos dias atuais, filtrar informação para que essa enxurrada absurda possa fazer algum sentido.

Nesse blog tenho transcrito análises e opiniões de diversas fontes num exercício aberto de reflexão tentando chegar a algumas conclusões. Hoje o Stratfor num esforço de promoção de seus serviços, nesse caso do seu serviço de análise do “Efeito Borboleta” da crise, isto é, como as ondas de choque das mudanças provocadas pela crise afetam países e indústrias que ao primeiro olhar estão imunes.

Nesse sentido eles propõem quatro perguntas, que acho pertinentes para ter em mente quando formos refletir sobre a crise ucraniana.

How the political crisis in this erstwhile Western ally could impact business investments in natural gas lines or ownership of mining companies in Crimea?

Whether Russia’s show of strength in Crimea could set precedents for moves targeting Eastern Europe or the Baltics – and whether NATO would be prepared to counter those?

How prepared is the International Monetary Fund to bail out Ukraine financially – and who will be hurt if Kiev cannot follow through with reforms?

Whether military tensions could impact the exports of corn and wheat from Ukraine – one of the world’s top exporters of those grains – and send prices up for customers?

Creio ser pertinente tentar fugir das simplificações mistificadoras propagadas por militantes, como reduzir a derrocada Viktor Yanulovytch a um golpe neo-nazista. E, vale ter em mente, também, que há uma ideologia na Rússia que é uma espécie de excepcionalismo russo e que tem uma componente de combater, um real ou imaginário, cerco ao mundo Russo-ortodoxo.

Nesse mundo de certezas absolutas que é a Internet vou me permitir novamente dizer que ainda não sei ao certo, ainda não.

____________

Votem COISAS INTERNACIONAIS na segunda fase do TOPBLOGS 2013/2014

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa

Ler, Refletir e Pensar: Libya's Terrorism Option

Mais um texto que visa nos oferecer visões e opiniões sobre a questão da Líbia que é sem sombra de duvida o assunto mais instigante do momento no panorama das relações internacionais. Libya's Terrorism Option By Scott Stewart On March 19, military forces from the United States, France and Great Britain began to enforce U.N. Security Council Resolution 1973 , which called for the establishment of a no-fly zone over Libya and authorized the countries involved in enforcing the zone to “take all necessary measures” to protect civilians and “civilian-populated areas under threat of attack.” Obviously, such military operations cannot be imposed against the will of a hostile nation without first removing the country’s ability to interfere with the no-fly zone — and removing this ability to resist requires strikes against military command-and-control centers, surface-to-air missile installations and military airfields. This means that the no-fly zone not only was a defensive measure