Como meu leitor mais atento e habitual sabe sou jogador amador de basquete e treinador em projeto social aqui na minha cidade adotiva de Pirapora, MG. Nosso grupo de praticantes se juntou no fim de 2012, para arrecadar alimentos não-perecíveis, uma maneira de combinar nossa atividade lúdica com a vontade de ajudar ao próximo. O resultado da campanha feita rapidamente foi positivo arrecadamos um bom volume de alimentos dado o escopo da campanha, e contamos com a ajuda de nossos patrocinadores (que inclui essa página).
Nessa quinta-feira fomos realizar a entrega dos gêneros coletados, o bairro que visitamos é cheio de carências de ações do pode público, como asfaltamento, saneamento básico, iluminação pública, segurança, contudo, possui um centro de saúde que parece funcionar a contento e ter o mesmo padrão de equipamentos dos outros centros da cidade.
Esse bairro pobre de uma pequena cidade do Norte de Minas é um interessante retrato do Brasil atual, uma parte do bairro apresenta o que chamam de “Nova Classe Média” que investe em reformas de suas residências, TV por assinatura via satélite, motos e existe um promissor comércio local, contudo minutos depois me peguei dirigindo em ruas de terra e casas improvisadas, é como se de um minuto pra outro você deixasse o Brasil eufórico, que quer ser membro permanente do Conselho de Segurança e decidir os rumos econômicos do mundo sendo ativo no G20 e entrasse no Brasil rural e passado de Riobaldo e Diadorim.
Todos sabem que existe e vêem a pobreza e a pobreza extrema no dia-a-dia, mas às vezes nossa couraça é perfurada e hoje eu fui atingido pelo extremo atraso que persiste em nosso país, diante disso os delírios de grandeza do oficialismo que pretende dar lições ao mundo parecem um tapa na cara dos “filhos desse solo” que ainda esperam a “mãe gentil”.
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