Mais um ato vil e cruel de violência acontece em uma escola, dessa vez numa escola primária. As imagens das crianças sendo resgatadas pela polícia nos magoam fortemente, afinal, naquela manhã de sexta-feira grande parte da infância dessas crianças cessou de existir e elas serão forçadas a testar sua resiliência e terão que aprender a lidar com a perda e com a maldade que inundam o mundo.
A imprensa, como esperado, repercute o assunto e nos informa de cada passo do massacre. Políticos reagem alguns com corajosa emoção e outros com o pragmatismo (quase ofensivo?) dos que vêem oportunidade para manobrar a opinião pública para suas causas.
[Pessoalmente eu devo confessar que fui as lágrimas com a foto que ilustra esse post. Mas, tentarei não ser emotivo nesse texto.]
A humanidade sempre se massacrou, sempre crianças foram mortas em abundância, mas esses atos seguiam alguma lógica de expansão territorial ou de disputa por recursos escassos, o que nos choca nesses massacres em escolas é a gratuidade da violência e o forte desprezo dos atiradores pela vida, não só a dos outros, mas a própria. Eles massacram a troco de uma fama, a troco de satisfazer algo em suas psiques obviamente doentes. Mas, até aqui nada de novo eu escrevo.
Algo fica a se repetir na minha cabeça, por que escolas? Será que é pela facilidade de ser um ambiente de densidade elevada de pessoas e baixa segurança? Será que é pelo choque? Será que é pela repercussão midiática? Será um efeito “copycat”?
As armas sempre estiveram disponíveis, não nego que o acesso as armas automáticas e munições de alto poder de parada aumentam o numero de baixas, mas sem armas de fogos os massacres ainda ocorreriam como nos mostram os ataques com facas na China. Mas, por que tantos ataques agora?
Talvez nossas escolas, famílias e sociedades estejam doentes. Estamos prontos pra enfrentar esse problema de frente e com coragem?
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