A semana política foi agitada no Brasil, por um lado os indicadores econômicos apresentando a influência da crise externa e dos problemas com a inflação e os cada vez mais claros problemas na dívida pública e na estrutura de gastos do governo brasileiro.
[Recomendo a leitura do texto Mudança no comando da Defesa, que aborda algumas causas da saída do Jobim da Defesa.]
Além disso, Brasília (ou melhor, a Praça dos Três Poderes) ainda sente os efeitos das mais recentes denuncias de corrupção nos ministérios dos transportes e da agricultura, mas um fato novo (ah, como os políticos gostam de um fato novo) atropelou esses assuntos e dominou o noticiário político. A entrevista do agora ex-ministro da defesa Jobim a revista Piauí (que ainda não li por que demora a chegar às bancas da cidade pequena que escolhi pra viver, ganhasse em algumas coisas, perdesse em outras. C’est la vie) que culminou em sua demissão.
É claro, como já escrevi antes, que Jobim é um homem inteligente, ninguém é ministro do Supremo Tribunal Federal impunemente. E, reitero, suas declarações foram calculadas.
Pegue, por exemplo, suas declarações sobre as ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, ainda que uma manobra petista tente infligir a pecha de “machistas” são comentários que na verdade vocalizam o que se diz sobre elas no congresso e em qualquer ambiente político desde que foram alçadas a Casa Civil e Articulação Política respectivamente.
Por que classificar como machista a declaração? Por que na prática a campanha de 2014 já começou e ao sair como saiu Jobim se colocou como uma figura proeminente da oposição e não pode ser muito atacado por que é membro do sempre presente no governo (qualquer governo) PMDB. E uma boa parcela desse partido sempre defende o lançamento de um candidato próprio o que esbarra em um problema grave, que é ter um nome que não rache um partido tão heterogêneo e é de olho nesse lugar que está Jobim.
Claro, que é muito difícil saber se isso dará certo, afinal ainda é cedo e sem uma plataforma pública a comunicação de Jobim ficará muito difícil. Mas, diante de uma oposição desarticulada e francamente temerosa é bem real a possibilidade de que ele concorra, ou pelo menos ameaça a ponto do partido se beneficiar com isso.
Algo assustador que merece comentário
A escolha de Amorim evidenciou que o ex-presidente Lula é bastante influente ainda, mais até do que julgavam analistas políticos. E deixou muito claro como o setor de defesa é algo relegado ao segundo ou terceiro plano na política nacional, a prova disso é ausência de nomes no parlamento e na vida partidária ou mesmo na academia que fossem reconhecidos como conhecedores do campo a ponto de terem os nomes ventilados como possibilidade.
Creio que é hora de romper os preconceitos legados pela ditadura e começar a pensar em defesa nacional e assuntos estratégicos e não pensar que só especialistas ou militares devam pensar nisso.
E olha não é que faltem ameaças – e não só a paranóia amazônica.
Comentários
Quanto a crônica eu acho que esse governo da Dilma está começando muito mais perdido do que eu imaginava que ele começasse! Infelizmente a água ainda nem começou a passar pore baixo da ponte!
Depois vai lá conhecer meu blog!
Um abraço e um ótimo final de semana.
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