Pular para o conteúdo principal

Osama Bin Laden está morto

Um pouco depois da meia noite horário de Brasília, o presidente dos Estados Unidos da América Brarack H. Obama fez o anuncio que a população de seu país esperava há 9 anos: Osama Bin Laden está morto.

Ainda está cedo para conseguir tecer uma análise, como vocês sabem não gosto de comentar no calor dos eventos, contudo é seguro avaliar que a morte de Osama é a maior vitória americana em sua luta contra o terrorismo. Ele era a personificação do ataque de 11 de setembro de 2001 e era claro e notório o desconforto (para dizer o mínimo) com o fato de que os anos passavam e Osama não era nem capturado, nem morto.

É claro, que a morte de Osama é uma vitória tanto real, como simbólica e além de tudo é uma importante boa notícia para o governo Obama que luta contra uma delicada situação econômica. Para os familiares dos mortos nos ataques de 11 de setembro e para os familiares a queda de Bin Laden pode oferecer alguma forma de consolo, alívio e o que os americanos chamam de closure.

Os primeiro relatos dão conta que a operação militar que levou Osama a morte contou com a ação da C.I.A e de Forças Especiais, os SEALS da marinha dos EUA para ser mais preciso. Em cooperação com agentes paquistaneses. Não está claro se realmente houve cooperação ou se está tentando reforçar os laços com o vacilante governo civil paquistanês.

As poucas imagens disponibilizadas até o momento mostram que como muitos suspeitavam Osama não estava escondido em alguma caverna da porosa fronteira Afeganistão-Paquistão ele estava em uma espaçosa mansão, com construção fortificada, muros altos e poucas janelas, sem internet ou telefone. Em uma cidade a cerca de 100 km da capital, Islamabad.

Será preciso que surjam mais informações para traçar um mapa mais completo da operação de inteligência, da operação militar e do envolvimento das autoridades do Paquistão.

Para os americanos é sem dúvidas um momento a celebrar e para se preparar para alguma provável reação da rede terrorista, por isso mesmo alertas foram emitidos para os cidadãos dos EUA que estão além mar. Mas, também é preciso ter a consciência que o terrorismo continua a ser um problema real e que há outros focos de tensão no mundo. Mas, uma vitória como a morte de um grande inimigo do país é algo que naturalmente é celebrado. E cá entre nós a morte de um terrorista e ideólogo do terrorismo como era Osama Bin Laden é um dos poucos casos que a morte de outro ser humano causa alegria e nenhum tipo de tristeza.

Abaixo a íntegra, em inglês, (não sei se o Youtube oferece legendas) do discurso em que Obama anunciou a morte do terrorista.

Comentários

O interessante é que, se a morte dele "encerra" o ciclo do 11/09 (ao menos, quanto a pegar os culpados e tal), apenas abre mais um, o das teorias de conspiração. Já estão falando por aí que mataram um dublê, manipulação do governo, e tantas outras teorias mirabolantes. Divertidas, como sempre.
Millena disse…
Nunca saberemos o que aconteceu ao certo.
Mas a realidade é que rei morto, rei posto.
Mataram ele, mas não a organização.
Tatyana disse…
Parabéns pelo blog!
Super interessante e super bem feito!

Qto ao Osama, concorda com a Milena:
nunca saberemos ao certo...
Acho que essa guerra não acaba mais...

www.equemnaoamaviajar.blogspot.com

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa...