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Haiti: Um ano depois da tragédia

Palácio Presidencial depois e antes do terremoto
Um ano depois da tragédia no Haiti muito pouco se avançou na reconstrução e em alguns casos construção do país. A tragédia daquele 12 de janeiro de 2010 ceifou aproximadamente 225 mil vidas. Mas, essa não é a única tragédia que persiste no Haiti, as notícias recentes nos mostram que a violência política continua a dar suas caras. Isso sem falar da tragédia social e humana da existência continua de crianças “restavec”, isto é, escravas.

O texto de hoje, contudo não visa analisar os problemas da ação internacional nesse país, ou dos desafios provocados por um ‘failed state’, ou o papel da MINUSTAH nas ambições do Brasil (principalmente em sua campanha para obter uma cadeira permanente do Conselho de Segurança da ONU), o texto visa registrar essa data de tristeza para toda a humanidade.

Nesse sentido de registro da data vale visitar o mapa interativo da situação do Haiti feito pelo conhecido jornal The New York Times, no qual é possível comparar visualmente o avanço – ou não – da reconstrução.

A revista Foreign Policy também publicou um ensaio fotográfico analisando a situação do Haiti, com o título “Why Does Now Look So Much Like Then?
Zilda Arns. Foto de Wilson Dias. Ag. Brasil. 

Esse texto tem como objetivo, também, lembrar nossos mortos como a fundadora da pastoral da criança a médica Zilda Arns, o brasileiro funcionário da ONU Luiz Carlos da Costa, o policial militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva e os heróis caídos do Exército Brasileiro:

Coronel Emílio Carlos Torres dos Santos;
Coronel João Eliseu Souza Zanin;
Tenente-Coronel Marcus Vinícius Macêdo Cysneiros;
Major Francisco Adolfo Vianna Martins;
Primeiro-tenente Bruno Ribeiro Mário;
Subtenente Raniel Batista de Camargos;
Segundo-Sargento Davi Ramos de Lima;
Segundo-Sargento Leonardo De Castro Carvalho;
Terceiro-Sargento Rodrigo de Souza Lima;
Cabo Douglas Pedrotti Neckel;
Cabo Washington Luis de Souza Seraphin;
Cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior;
Soldado Antonio José Anacleto;
Soldado Felipe Gonçalves Julio;
Soldado Tiago Anaya Detimermani;
Soldado Rodrigo Augusto Da Silva, e  
Soldado Kleber Da Silva Santos.

Comentários

Barbara Jaze disse…
muito bom! (:
seguindo ae.
Renan Leal disse…
se esquecermos dele, não tem problema, mas se esquecerem de nós, FAÇA ALGUMA COISA! E o como ficam as pessoas que perecem sem ajuda no HAITI? Depois que a mídia cala, o povo esquece...

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