Pular para o conteúdo principal

Serviço público a cultura mundial

Copio novamente um texto do blog do escritor, professor e diplomata Paulo Roberto de Almeida – Diplomatizzando –, desta feita não me sinto culpado por que o assunto é de interesse público, como coloco no título que dou.
BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL UNESCO 
www.wdl.org
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta. 
A BDM não oferecerá documentos atuais, apenas aqueles com valor patrimonial, que permitam apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em nos seguintes idiomas: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. 
Há documentos online em mais de 50 idiomas. Entre os documentos mais antigos, há alguns manuscritos pré-colombianos, graças a contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei da Espanha em 1562,
Os tesouros incluem o Hyrakumanto darani, um documento japonês publicado no ano de 764, considerado o primeiro texto impresso da história; trabalhos de árabes científicos desvendando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e estelas chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e da célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
Cada jóia cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação de seu conteúdo e significado. Os documentos foram escaneados e incorporados em seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas o Português.
A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi desenvolvida para receber um número ilimitado de textos, gravuras, mapas, fotografias e ilustrações.
A BDM permite ao internauta orientar sua busca por épocas, lugares geográficos, tipos de documentos e instituições. Como os documentos foram escaneados em seu idioma original é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Loann Veniamiov, em 1840.
Com um simples clique, podem-se folhear as páginas de um livro, aproximar e distanciar o texto e movê-lo em todos os sentidos. A excelente qualidade das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias contidas na BDM, está a Declaração da Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de vários países; o diário de um estudioso de Veneza que acompanhou Fernando de Magalhães em sua viagem ao redor do mundo; o original das Fábulas de La Fontaine, o primeiro livro em espanhol e tagalog, publicado nas Filipinas, a Bíblia de Gutenberg, e umas pinturas rupestres africanas, datadas de 8.000 A.C.
Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
America Latina e Oriente Médio: Isso se deve à participação ativa da Biblioteca Nacional do Brasil, da Biblioteca Alexandrina do Egito e da Universidade Rei Abdala da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi calcada no projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos online.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Fim da História ou vinte anos de crise? Angústias analíticas em um mundo pandêmico

O exercício da pesquisa acadêmica me ensinou que fazer ciência é conversar com a literatura, e que dessa conversa pode resultar tanto o avanço incremental no entendimento de um aspecto negligenciado pela teoria quanto o abandono de uma trilha teórica quando a realidade não dá suporte empírico as conjecturas, ainda que tenham lógica interna consistente. Sobretudo, a pesquisa é ler, não há alternativas, seja para entender o conceito histórico, ou para determinar as variáveis do seu experimento, pesquisar é ler, é interagir com o que foi lido, é como eu já disse: conversar com a literatura. Hoje, proponho um diálogo, ou pelo menos um início de conversa, que para muitos pode ser inusitado. Edward Carr foi pesquisador e acadêmico no começo do século XX, seu livro Vinte Anos de Crise nos mostra uma leitura muito refinada da realidade internacional que culminou na Segunda Guerra Mundial, editado pela primeira vez, em 1939. É uma mostra que é possível sim fazer boas leituras da história e da...

Ler, Refletir e Pensar: The Arab Risings, Israel and Hamas

Tenho nas últimas semanas reproduzido aqui artigos do STRATFOR (sempre com autorização), em sua versão original em inglês, ainda que isso possa excluir alguns leitores, infelizmente, também é fato mais que esperado que qualquer um que se dedique com mais afinco aos temas internacionais, ou coisas internacionais, seja capaz de mínimo ler em Inglês. Mais uma vez o texto é uma análise estratégica e mais uma vez o foco são as questões do Oriente Médio. Muito interessante a observação das atuações da Turquia, Arábia Saudita, Europa e EUA. Mas, mostra bem também o tanto que o interesse de quem está com as botas no chão é o que verdadeiramente motiva as ações seja de Israel, seja do Hamas. The Arab Risings, Israel and Hamas By George Friedman There was one striking thing missing from the events in the Middle East in past months : Israel. While certainly mentioned and condemned, none of the demonstrations centered on the issue of Israel. Israel was a side issue for the demonstrators, with ...