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Uma pausa nas relações internacionais por motivos festivos

Não gosto de expor detalhes da minha vida pessoal aqui nesse blog, contudo há eventos que por sua força magnífica, pela alegria profunda que despertam merecem ter minhas opiniões sobre eles, aqui publicadas e de certa maneira eternizados em bytes que circulam livres (ou quase) por todo mundo.

Hoje, dia 17 de abril de 2010, em Brasília, se unirão (ou uniram a depender da hora da leitura) em sagrado matrimonio dois amigos queridos, além de serem colegas de profissão. Há coisa mais alegre que celebrar a união de duas almas que se encontraram nesse mundo por vezes difícil no campo do amor. Que se predispõem a dividir uma vida em conjunto? Se existe algo que destoa da alegria que todos nós amigos e familiares do casal que se forma é minha enorme tristeza por não poder atender a esse evento. Motivos de saúde me impedem.

Além da amizade profunda que tenho pelos noivos, me sinto ligado ao casal pelo fato de terem se conhecido e começado sua história junta na sala do meu antigo apartamento na Asa Sul da Capital Federal. Por sinal nesse dia o Carlos (MsC Carlos Nogueira, professor, servidor federal, autor já citado aqui) usou de argumentos de sedução que sinceramente eu julgava incapazes de surtir efeito. Não podia estar mais enganado, admito.

Engraçado, eu lembro perfeitamente dessa noite, meus amigos estavam em minha casa em seus esforços para me manter longe da depressão nos dias, semanas e meses que se seguiram ao falecimento do meu pai. Algo sobre a lua e sobre o filme Titanic fez minha amiga Giselle (internacionalista e estrategista empresarial talentosa) se encantar com o Carlos. Não se conheciam apesar de terem cursado o mesmo curso na mesma universidade. Mas, o que tem que ser, é. E o resto como dizem é história.

Nesse dia tão especial em que esses dois diletos amigos assumem o mais difícil e belo dos compromissos diante de Deus (os dois dividem como traço comum um catolicismo devoto), de suas famílias e de seus amigos só posso desejar felicidade, santidade e fertilidade. E dizer que mesmo a 540 km de distancia minhas orações e meus sentimentos estarão com eles nessa data festiva.

Seria natural que eu aqui fizesse uma espécie de mini-tratado sobre a seriedade e dos compromissos que um casamento implica, mas acreditem em mim, conhecendo os noivos duas das mais inteligentes, sensatas e cultas pessoas que conheço seria um exercício de futilidade, de “chover no molhado”.

Não consigo descrever em palavras todo o sentimento que tenho por esses amigos, que como versa o ditado popular “são a família que podemos escolher”. Sinto muito mesmo não poder estar ai com vocês, dividir com todos essa alegria e beber por conta do casal.

Felicidade Carlão (aka Cabeça)! Felicidade Gi! Parabéns aos Noivos!

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