Hoje ocorreu a segunda eleição geral no Iraque desde a derrocada de Saddam Husein em um clima tenebroso de violência sectária e terrorismo. Ainda assim segundo relatos os índices de comparecimento foram elevados em todos os distritos. A eleição é passo fundamental do plano de retirada americana, já que potencialmente pode legitimar o governo e ajudar no plano de integração dos chamados “war lords” no sistema político formal, depondo suas armas.
Esse processo é claro não é simples nem fácil já que há entre muitos iraquianos sentimentos de ódio, vingança ou falta de perspectiva de um futuro melhor esse sentimento é ocasionado por vários fatores entre eles a ocupação militar americana, a falta de emprego e o ciclo de violência sectária (seja contra xiitas, sunitas ou curdos).
Se há controvérsia legitima sobre a natureza e objetivos da operação “Iraqi freedom” uma certeza existe de que a retirada americana irresponsável deixaria a região em total caos aumentando ainda mais o numero de iraquianos ceifados pela violência e tornaria o país pelos motivos citados acima num campo de recrutamento de terroristas por excelência.
Assim, é fácil entender por que toda atenção do governo Obama está alocada na eleição e nos planos de estabilização do país o que explica entre outras coisas na manutenção de Robert Gates como Secretário de Defesa (o único remanescente do governo Bush) e de David Petraeus, famoso general responsável pelo "surge" no Iraque.
É elementar para todos que acompanham os conflitos que a estabilização do Iraque é fundamental para a estratégia dos Estados Unidos no Afeganistão e também para a política interna já que a base de sustentação de Obama é contra a guerra.
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