Pular para o conteúdo principal

A “polêmica” entrevista de Michelleti

Detesto copiar e colar, e abomino fazer clipping, por que há gente mais capaz e com mais paciência para isso na rede, logo seria redundante, mas creio que a íntegra (ao menos a que foi ao ar) da entrevista concedida pelo presidente interino de Honduras Michelleti dada ao repórter Néstor Restivo do conhecido jornal argentino “El Clarín” pode ser útil aos leitores desse blog, sei que esse assunto já está repetitivo dado a falta de novos desenvolvimentos, contudo creio ser útil. O original está aqui.

“¿Hay negociaciones, o buscan tiempo hasta la elección de noviembre? La comunidad internacional ya dijo que no reconocerá ese comicio si lo llaman ustedes.


Las elecciones están llamadas desde 2008.


¿No buscan ganar tiempo expulsando a la OEA?


¿Una misión así puede entrar a Argentina, sin papeles? No tenían permiso. Somos país soberano, que quede claro.


¿Por qué el Ejército cerró medios opositores?

Fue en base al decreto (de estado de sitio). Incitaban a la violencia y la guerrilla.


Su régimen está totalmente aislado, hasta del FMI.


¿Y por eso debemos resignar nuestra dignidad? ¿Uds. en Argentina no fueron a la guerra de Malvinas por dignidad, sin importar la presión externa?

Era una dictadura militar.


Como sea. La dignidad nacional existe. ¿Hubieran permitido que Zelaya hiciera lo que hizo?

Echar a un presidente es un golpe de Estado.

Nuestro único error fue sacarlo como lo sacamos. En el resto actuamos con la ley. El violaba la Constitución al buscar una Constituyente para una reelección. Si lo deteníamos y dejábamos aquí, hubiera habido muertos. Se lo sacó del país pero ahora volvió.


¿No cree que están debilitando la democracia en la región?

Si un presidente viola la ley, es corrupto, da derecho al pueblo a reclamar. Nosotros lideramos ese pedido.
En Brasil, Argentina o EE.UU. se han usado métodos institucionales frente a crisis como las que usted intenta describir.
En esos casos, el único que hizo lo correcto fue Lula, rectificó su rumbo.

No entiendo.

Otros cambiaron la Constitución, querían perpetuarse, como Zelaya.

Sigo sin entender. Pero insisto con el Ejército. El general Vázquez recordó a Pinochet con Allende, primero leal y luego lo derroca pistola en mano.

Rogamos a Zelaya no forzar la Constitución. Robó 700 millones de lempiras (US$ 36 millones) y sacó en carretilla del Banco Central fondos para su reforma constitucional. Gastó millones para pasear en helicóptero y en asesores. Era corrupto, tenía varios sinvergüenzas.

¿Qué rol juegan las FF.AA.? Su presencia inunda las calles.

No están en el gobierno, defienden la democracia, la Policía igual. Es para cuidar la reacción incendiaria de Zelaya. Ellas nos apoyaron pues íbamos al abismo.
Pero tuvieron un pasado de violaciones a los DD.HH. y anticonstitucional. ¿Por qué se les da ahora tanto poder?
No, no. Hace 29 años que se adaptaron. Hoy llevan y traen las urnas en las elecciones, respetan al poder civil, son un orgullo.

¿Fue la corrupción, la Constituyente o intentos de cambios sociales lo que llevó al golpe?

Lo sacamos a Zelaya por su izquierdismo y corrupción. El fue presidente, como liberal, como yo. Pero se hizo amigo de Daniel Ortega, Chávez, Correa, Evo Morales.

Perdón...

Se fue a la izquierda, puso toda gente comunista, nos preocupó.

¿No hacen falta cambios sociales, con 75% de pobres y un sistema anquilosado?

Puede haber reformas, incluso constitucionales, menos en 3 artículos, territorio, forma de gobierno ni reelección. Pero lo que prometía Zelaya era pura farsa.

¿Cómo se puede resolver eso y avanzar teniendo tan baja presión fiscal, sin tocar intereses políticos, económicos, religiosos tan fuertes, sin cambios más de fondo?

Se puede hablar, sin pelearnos. Antes de irme firmaré decretos sociales. El Congreso, además, puede obligar a las empresas a pagar más impuestos si es preciso, por ejemplo.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Bye, bye! O Brexit visto por Francisco Seixas da Costa

Francisco Seixas da Costa é diplomata português, de carreira, hoje aposentado ou reformado como dizem em Portugal, com grande experiência sobre os intricados meandros da diplomacia européia, seu estilo de escrita (e não me canso de escrever sobre isso aqui) torna suas análises ainda mais saborosas. Abaixo o autor tece algumas impressões sobre a saída do Reino Unido da União Européia. Concordo com as razões que o autor identifica como raiz da saída britânica longe de embarcar na leitura dominante sua serenidade é alentadora nesses dias de alarmismos e exagero. O original pode ser lido aqui , transcrito com autorização do autor tal qual o original. Bye, bye! Por Francisco Seixas da Costa O Brexit passou. Não vale a pena chorar sobre leite derramado, mas é importante perceber o que ocorreu, porque as razões que motivaram a escolha democrática britânica, sendo próprias e específicas, ligam-se a um "malaise" que se estende muito para além da ilha. E se esse mal-estar ...

Fim da História ou vinte anos de crise? Angústias analíticas em um mundo pandêmico

O exercício da pesquisa acadêmica me ensinou que fazer ciência é conversar com a literatura, e que dessa conversa pode resultar tanto o avanço incremental no entendimento de um aspecto negligenciado pela teoria quanto o abandono de uma trilha teórica quando a realidade não dá suporte empírico as conjecturas, ainda que tenham lógica interna consistente. Sobretudo, a pesquisa é ler, não há alternativas, seja para entender o conceito histórico, ou para determinar as variáveis do seu experimento, pesquisar é ler, é interagir com o que foi lido, é como eu já disse: conversar com a literatura. Hoje, proponho um diálogo, ou pelo menos um início de conversa, que para muitos pode ser inusitado. Edward Carr foi pesquisador e acadêmico no começo do século XX, seu livro Vinte Anos de Crise nos mostra uma leitura muito refinada da realidade internacional que culminou na Segunda Guerra Mundial, editado pela primeira vez, em 1939. É uma mostra que é possível sim fazer boas leituras da história e da...