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Uma nova esperança

“Help me Obi-Wan Kenobi. You’re my only hope.” (ORGANA, Leia Princesa. 1977)

Podem ficar tranqüilos, meus leitores, não vou falar nesse post sobre uma galáxia muito, muito distante, tampouco sobre evento ocorridos há muito, muito tempo. (E de alguma maneira no futuro, como diz a sátira feita por Family Guy). Não vou falar de guerras imperiais a decisão que intitula esse texto não foi tomada sobre os auspícios da clarividência da força, mas sim do frio mármore e das decisões sobre a letra e o espírito das leis realizadas no Supremo Tribunal Federal, amigos jornalista que estiverem a ler isso não se chateiem, mas a nova esperança foi o fim da Lei de Imprensa, que reservava o mercado jornalístico aos que tivessem diploma de jornalista.

A não exigência de diploma, a meu ver abre caminho para uma diversificação das redações (embora creia eu o corporativismo falará mais alto) a profissionais formados em outras aéreas que embora não sejam jornalistas, saibam se comunicar, escrever ou falar sobre os mais diversos assuntos. O que de fato já vem acontecendo sobre colunas de opinião.

Isso me anima no contexto em que abre espaço para que coberturas internacionais melhores surjam no dia a dia dos jornais, revistas e televisão, por favor, entendam, não é uma crítica a capacidade dos jornalistas, nem uma busca para um novo bolsão de empregos para acomodar os formados em relações internacionais, mas é uma esperança genuína de melhoria da qualidade da informação que é passada as pessoas.

Sei que não são poucos os que nas fileiras de relações internacionais vêem em um conselho federal ou entidade de classe a redenção da empregabilidade por meio da reserva de mercado, os que me conhecem pessoalmente sabem que sou contra quase todas essas corporações de ofício, por principio, penso que elas limitam excessivamente a liberdade dos indivíduos de realizar certos trabalhos, coisa que deveria ser guiada pelo mercado, na competência e na justiça em casos graves. É claro que certas atividades exigem treinamento e perícia especiais e devem ser somente realizado por quem tiver as credenciais necessárias. Há muita reserva de mercado no Brasil, muitos conselhos, muitas autarquias federais, autônomas, muitos interesses coorporativistas a serem vencidos e isso a meu ver faz parte de avançar para o rumo de uma sociedade mais justa, onde mérito e capacidade sejam mais relevantes, que diplomas e números de registro.

Não entendam isso como um avaliação anti-intelectual ou contrária a obter uma graduação, Deus, sou grande incentivador do ensino superior, mas Ensino, não maquinaria de diploma que visa somente empregabilidade, não que aspirar a um bom emprego, e boas condições de vida seja um desejo errôneo ou nefasto, é na verdade nobre, mas o conhecimento tem que vir em primeiro lugar na hora de aprender. Posso não está me fazendo ser claro, mas acho que cursar uma faculdade só pra conseguir um emprego, não é satisfatório intelectualmente e pessoalmente, embora o contrário seja parcialmente verdadeiro, não conseguir um emprego é frustrante e humilhante. Mas ter um diploma que não lhe dê orgulho e decoro pela escolha intelectual que ele significa é trágico, é a morte do cientista (meio dramático hoje).

Posso estar exagerando, mas essa decisão, também me animou como uma vitória da liberdade individual sobre o excesso de controle governamental. Posso estar sendo um tolo, posso estar sendo ingênuo, mas num raro momento me permito à esperança.

Afinal podemos sonhar com a queda, não do império galáctico, mas de práticas pouco democráticas e de intrusões excessivas do governo e entidades de classe na vida e nas escolhas de pessoas.

Vou parecer mais nerd, do que sou (juro que não sou tão nerd assim), mas não resisto a esse fecho: Que a força esteja conosco!

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