Como disse temos uma nova tradição nesse blog, responder as dúvidas de leitores que chegam por e-mail aos domingos o leitor vem de São Paulo. Mais uma vez omitirei o nome de nosso correspondente por questões de privacidade, não vou fingir não fico confortável com a idéia de dar conselhos, prefiro pensar que compartilho o que eu sei, o que aprendi ao longo de alguns anos que estou envolto nas relações internacionais
O texto como me foi enviado:
“Boa tarde,
Estou no meu terceiro ano de cursinho e era muito certo que queria prestar Medicina, no entanto, algumas coisas aconteceram e comecei a me interessar por Relações Internacionais... Pode parecer estranho mas é verdade! Reuni algumas características minhas como o gosto por História, Geopolítica, Filosofia, uma certa facilidade para produzir dissertações escolares e aprender idiomas, uma vontade de conhecer o mundo.
Está sendo difícil pensar nessa mudança brusca de área e escrevo esse e-mail por isso.
Fico me perguntando se essas características são necessárias, se o curso dá empregabilidade e retorno financeiro. Além disso, queria me informar sobre quais faculdades são boas no estado de São Paulo pois é nele que resido e teria condições de me manter.
Por favor respondam porque será de grande ajuda e esclarecimento.
Obrigado”
É muito difícil conseguir decidir o que se quer fazer da vida ainda mais bem por que somos forçados a decidir isso bem cedo na vida, ainda antes de entrar na universidade.
[...] como você deve ter lido eu também mudei de idéia em cima da hora não foi traumático, mas por que estava dividido a mais tempo, mas entendo mesmo sua duvida, posso te sugerir que faça uns bons teste vocacionais, com gente profissional nisso, pode ajudar muito, não que esteja esquivando sua pergunta, mas é por que é uma decisão séria, não que não possa ser revertida, mas o bom senso nos diz que é bom ter todos os elementos.
As habilidades que você listou são de fato interessantes pra quem quer cursar qualquer ciência social e relações internacionais em especial, além disso, listo características pessoais que sempre evoco aqui nesse blog como confiança, convicção, boa capacidade de escrita de oralidade, desembaraço, facilidade de transitar pelo diverso, capacidade de compreender outros pontos de vista e dedicação absoluta aos estudos, tão rígida e exigente quanto à medicina, ok? Talvez menos, mas há um compromisso enorme com livros, bibliotecas, estudos.
O mercado é muito competitivo a poucas oportunidades retorno financeiro pode ser ótimo, pode não haver, há uma componente de risco gigantesca ao se optar por relações internacionais, por isso deve ser uma decisão bem pesada por que só amando muito o que se faz, se passa por cima dessas dificuldades, que não são poucas. Você pode ler outros textos meus em que deixo isso claro, não é fácil, não é mesmo. Mesmo pra quem se forma nas melhores universidades do Brasil. São muito poucos os que sabem o que fazer com o curso depois de formados, tenho uma série de artigos escritos no Mondo Post (aqui). Acho importante enfatizar isso a empregabilidade é baixa, e difícil. Reitero isso constantemente, não quero que ninguém se iluda, história de sucesso na área eu conheço muitas, mas temos que falar em termos gerais. Nesse ponto, médico tem mais empregabilidade.
Não conheço profundamente os cursos de São Paulo de RI, mas não há nenhum que chame a atenção por baixa qualidade, logo, há as tops, que todos sabem, mas mesmo as menores não são, ou pelo não apresentam a reputação de serem fracas, ou como dizem no popular “tabajara”. Portanto se decidir por RI, veja aquelas pequenas coisas como distancia, custo (se não for publica), estrutura física (banheiros, salas de aula, computadores, etc.), professores, biblioteca, biblioteca, biblioteca, biblioteca, empresa jr, grupos de pesquisa, atividades extracurriculares.
Pode não ser a resposta que você esperava, mas foi honesta e recomendo a leitura de respostas anteriores, que cobrem alguns aspectos por você indagados, ainda há claros os textos aqui, e por que não, sem fazer piadas não apropriadas, procure uma segunda e uma terceira opinião como eu disse, decidir o que fazer da vida é assunto sério. Mas no final só você pode decidir isso, contudo é bom ouvir a família, opiniões educadas.
Espero ter sido útil e saiba que sei como é difícil essa escolha, todos passamos, mas sempre se pode trocar de curso, começar de novo. Nunca é tarde demais, enquanto há vida, claro.
O texto como me foi enviado:
“Boa tarde,
Estou no meu terceiro ano de cursinho e era muito certo que queria prestar Medicina, no entanto, algumas coisas aconteceram e comecei a me interessar por Relações Internacionais... Pode parecer estranho mas é verdade! Reuni algumas características minhas como o gosto por História, Geopolítica, Filosofia, uma certa facilidade para produzir dissertações escolares e aprender idiomas, uma vontade de conhecer o mundo.
Está sendo difícil pensar nessa mudança brusca de área e escrevo esse e-mail por isso.
Fico me perguntando se essas características são necessárias, se o curso dá empregabilidade e retorno financeiro. Além disso, queria me informar sobre quais faculdades são boas no estado de São Paulo pois é nele que resido e teria condições de me manter.
Por favor respondam porque será de grande ajuda e esclarecimento.
Obrigado”
É muito difícil conseguir decidir o que se quer fazer da vida ainda mais bem por que somos forçados a decidir isso bem cedo na vida, ainda antes de entrar na universidade.
[...] como você deve ter lido eu também mudei de idéia em cima da hora não foi traumático, mas por que estava dividido a mais tempo, mas entendo mesmo sua duvida, posso te sugerir que faça uns bons teste vocacionais, com gente profissional nisso, pode ajudar muito, não que esteja esquivando sua pergunta, mas é por que é uma decisão séria, não que não possa ser revertida, mas o bom senso nos diz que é bom ter todos os elementos.
As habilidades que você listou são de fato interessantes pra quem quer cursar qualquer ciência social e relações internacionais em especial, além disso, listo características pessoais que sempre evoco aqui nesse blog como confiança, convicção, boa capacidade de escrita de oralidade, desembaraço, facilidade de transitar pelo diverso, capacidade de compreender outros pontos de vista e dedicação absoluta aos estudos, tão rígida e exigente quanto à medicina, ok? Talvez menos, mas há um compromisso enorme com livros, bibliotecas, estudos.
O mercado é muito competitivo a poucas oportunidades retorno financeiro pode ser ótimo, pode não haver, há uma componente de risco gigantesca ao se optar por relações internacionais, por isso deve ser uma decisão bem pesada por que só amando muito o que se faz, se passa por cima dessas dificuldades, que não são poucas. Você pode ler outros textos meus em que deixo isso claro, não é fácil, não é mesmo. Mesmo pra quem se forma nas melhores universidades do Brasil. São muito poucos os que sabem o que fazer com o curso depois de formados, tenho uma série de artigos escritos no Mondo Post (aqui). Acho importante enfatizar isso a empregabilidade é baixa, e difícil. Reitero isso constantemente, não quero que ninguém se iluda, história de sucesso na área eu conheço muitas, mas temos que falar em termos gerais. Nesse ponto, médico tem mais empregabilidade.
Não conheço profundamente os cursos de São Paulo de RI, mas não há nenhum que chame a atenção por baixa qualidade, logo, há as tops, que todos sabem, mas mesmo as menores não são, ou pelo não apresentam a reputação de serem fracas, ou como dizem no popular “tabajara”. Portanto se decidir por RI, veja aquelas pequenas coisas como distancia, custo (se não for publica), estrutura física (banheiros, salas de aula, computadores, etc.), professores, biblioteca, biblioteca, biblioteca, biblioteca, empresa jr, grupos de pesquisa, atividades extracurriculares.
Pode não ser a resposta que você esperava, mas foi honesta e recomendo a leitura de respostas anteriores, que cobrem alguns aspectos por você indagados, ainda há claros os textos aqui, e por que não, sem fazer piadas não apropriadas, procure uma segunda e uma terceira opinião como eu disse, decidir o que fazer da vida é assunto sério. Mas no final só você pode decidir isso, contudo é bom ouvir a família, opiniões educadas.
Espero ter sido útil e saiba que sei como é difícil essa escolha, todos passamos, mas sempre se pode trocar de curso, começar de novo. Nunca é tarde demais, enquanto há vida, claro.
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