Pular para o conteúdo principal

Artigo publicado no Portal Mondo Post

Artigo publicado: Acaba de ser publicado no Portal Mondo Post. Relações Internacionais de verdade! (aqui) meu texto. Eleições no Irã. Ou Ceteris Paribus:

“Ceteris Paribus é uma expressão latina que significa: “tudo o mais permanece constante”. Qualquer um que tenha estudado economia (principalmente microeconomia e os princípios de funcionamento do mercado) sabe que a expressão é usada como ferramenta pedagógica para enfatizar correlações diretas. Por exemplo, se houver acréscimo de preço de um bem, quantas unidades a mais [...]”

Continue lendo aqui.

Debater Relações Internacionais: Não deixem de se associar ao fórum de debate do Mondo Post (aqui).

Falando em política externa brasileira: Hoje a segunda parte do meu texto sobre política externa brasileira vai ao ar daqui a pouco se o blogger cooperar. A despeito disso, foi lamentável ver ontem Marco Aurélio Garcia tentando rebater as acusações da ONG Human Rights Watch (para saber mais aqui). Isso rende uma análise que deverei escrever nos próximos dias, mas tem muito a ver com o que escrevo nesses posts, principalmente sobre o descompasse entre discurso e prática (essa reportagem dá um belo exemplo disso, aqui), contudo, mesmo com o nível de cinismo aceito em uma política externa um país que deseja assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, não pode se abster, sei que tradicionalmente o Brasil não age bem em cenários polarizados, mas faço uma pergunta, como o mesmo governo que quer revogar a lei de anistia, acha contraproducente demonstrar com veemência a posição da sociedade internacional (bem escola inglesa, isso), pior que isso que liderança continental é essa que os principais atores tem posições que não são as nossas? E essa a imagem de Brasil que queremos projetar, a de que vale tudo? E os valores que Amorim tanto prega (vide texto a ser publicado) são esses o da indiferença?

Uma política externa em um país democrático se constrói com elementos da sociedade, o que será que a sociedade brasileira acha dessas coisas?

Tantas dúvidas tão pouca certezas. Por exemplo, tenho certeza que não é esse tipo de relacionamento promiscuo com regimes de “hábitos e fama” não salutares para a nossa reputação, que nos levará a almejada posição de global player.

Comentários

Velho, esse teu artigo "Eleições no Irã. Ou Ceteris Paribus" ficou perfeito!

Abração!

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Bye, bye! O Brexit visto por Francisco Seixas da Costa

Francisco Seixas da Costa é diplomata português, de carreira, hoje aposentado ou reformado como dizem em Portugal, com grande experiência sobre os intricados meandros da diplomacia européia, seu estilo de escrita (e não me canso de escrever sobre isso aqui) torna suas análises ainda mais saborosas. Abaixo o autor tece algumas impressões sobre a saída do Reino Unido da União Européia. Concordo com as razões que o autor identifica como raiz da saída britânica longe de embarcar na leitura dominante sua serenidade é alentadora nesses dias de alarmismos e exagero. O original pode ser lido aqui , transcrito com autorização do autor tal qual o original. Bye, bye! Por Francisco Seixas da Costa O Brexit passou. Não vale a pena chorar sobre leite derramado, mas é importante perceber o que ocorreu, porque as razões que motivaram a escolha democrática britânica, sendo próprias e específicas, ligam-se a um "malaise" que se estende muito para além da ilha. E se esse mal-estar ...

Fim da História ou vinte anos de crise? Angústias analíticas em um mundo pandêmico

O exercício da pesquisa acadêmica me ensinou que fazer ciência é conversar com a literatura, e que dessa conversa pode resultar tanto o avanço incremental no entendimento de um aspecto negligenciado pela teoria quanto o abandono de uma trilha teórica quando a realidade não dá suporte empírico as conjecturas, ainda que tenham lógica interna consistente. Sobretudo, a pesquisa é ler, não há alternativas, seja para entender o conceito histórico, ou para determinar as variáveis do seu experimento, pesquisar é ler, é interagir com o que foi lido, é como eu já disse: conversar com a literatura. Hoje, proponho um diálogo, ou pelo menos um início de conversa, que para muitos pode ser inusitado. Edward Carr foi pesquisador e acadêmico no começo do século XX, seu livro Vinte Anos de Crise nos mostra uma leitura muito refinada da realidade internacional que culminou na Segunda Guerra Mundial, editado pela primeira vez, em 1939. É uma mostra que é possível sim fazer boas leituras da história e da...