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Vão-se os presidentes, ficam as crises

Tendo em vista o noticiário dos últimos dias decidi escrever esse texto. Contudo, recomendo à re-leitura do texto “Welcome to the real world Mr. Obama” (parte I e parte II)
Essa não é uma análise, nem ensaio é um texto em que faço algumas provocações. E cabe a cada um de vocês encontrarem as respostas.

Não se usa mais a expressão “guerra ao terrorismo”, mas o pentágono enviará mais homens ao Afeganistão.

Não existe mais Guantánamo, contudo, não se sabe o que fazer com os prisioneiros, e o congresso não aprova a verba pra fechar essa infame prisão.

Acabou a era do super-executivo, mas está em curso a maior intervenção econômica da história americana.

Não existe mais eixo do mal e Coréia do Norte e Irã, esbravejam e ameaçam mais que nunca.

Será que agora alguém está se importando com a roupa da Senhora Obama? Será que fazer uma cesta de três vai impressionar agora? É chegou à hora de governar e ver que nem só de mãos estendidas se faz política externa.

Para os que acreditavam em “São Obama, Salvador do Mundo”, serão dias chatos. Por que em alguns discursos mais duros, Mr. O já deixou claro, que não descarta ataques preventivos, interrogatórios duros (em situações extremas).

Nada contra ele, mas é que essa idolatria elevou a expectativa a níveis irreais, quero ver como a mídia vai lidar com isso, deverá ser interessante.

E repito a provocação e aviso: Welcome to the real world Mr. Obama, be careful!!!

Ah, não estou caindo na tentação do sensacionalismo, mas uma provocação mais ácida, vez ou outra é bom pra circular o sangue.

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