Tem horas que a cobertura "internacional" dos telejornais brasileiros beira o patético, hoje foi um desses dias. A Globo News repete a exaustão o Obama, fazendo seu papel de homem do povo, blue collar (com Havard Law Degree, e ex-editor do Havard Law review, mas há quem compre) comprando hamburgueres, não deixo de me perguntar: E isso lá é notícia? (E pior não foi a primeira vez que ele o fez.) Será que nada mais importante aconteceu em nenhum outro lugar do mundo? E por que o segmento internacional é feito de Nova Iorque, mesmo quando não fala sobre os EUA, comentar Oriente-Médio de NY, não difere do o fazer de São Paulo ou do Rio de Janeiro, algum jornalista me explica?
Sob forte protesto das forças policiais e parte dos militares, que impedem o funcionamento do aeroporto internacional de Quito. Presidente Correa cogita usar dispositivo constitucional que prevê dissolução do Congresso e eleições gerais. Mais uma grave crise política na América do Sul. Numa dessas coincidências típicas de se analisar as coisas internacionais discutia semana passada numa excelente postagem de Luís Felipe Kitamura no laureado blog Página Internacional a situação equatoriana. A postagem tinha como título Equador: a instabilidade política e suas lições . Na qual o colega discorria sobre o péssimo histórico de conturbação política do país andino e sobre como o governo Correa parecia romper com isso usando a receita da esquerda latina de certo pragmatismo econômico e políticas distributivas. Mas, justamente a instabilidade política que parecia a caminho da extinção volta com toda força em um episódio potencialmente perigoso, que contundo ainda é cedo para tecer uma análise
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