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Sobre o meu post do 13 de maio

Quando escrevi aquele post ainda não havia lido as noticias do dia e infelizmente tudo o que escrevi foi provado, triste evidencia empírica, como gostaria de estar errado. Mas já disse em outro post não vivemos no mundo do se, mas no mundo do que é.

Eu tenho como premissa não fazer clipping de notícias nesse blog. Nesse espaço acredito que meu dever (auto-imposto) é de criar e analisar. Escrevo meus pontos de vista, aqui, mas esse episódio que descreverei me fez quebrar essa regra minha.

A notícia que transcrevo em parte é do portal G1 e lá há o vídeo que mostra o lamentável incidente:

"Uma comissão da Câmara voltou a discutir o projeto que prevê cotas para negros em vários setores da sociedade. 

Em vez de votação, muita confusão. O deputado Carlos Santana (PT-RJ), presidente da comissão que analisa o Estatuto da Igualdade, se exaltou porque um assessor ajudava parlamentares contrários ao projeto a evitar que ele fosse aprovado. 

Gostaria que o nobre assessor se retirasse da bancada. Para minha tristeza, é um negro”, declarou Carlos Santana. " Continua aqui.

Entenderam agora o que quis dizer? Por isso me orgulho de ser LIVRE. Um cidadão livre e que como disse no post abaixo acerto ou erro com convicção. 

Não consigo conter a tristeza que me toma ao ver e comprovar que mesmo os que se arrogam a defesa da igualdade, não hesitam em suprimi-la. Sempre em nome de belas causas. É como se cor da pele ou orientação sexual fossem categorias de pensamento, ideologia ou até mesmo uma religião que exige de seus membros um respeito e uma obediência dogmática.

Repito, posso não ser relevante no grande esquema das coisas, mas nem por isso deixo de abraçar, defender e proteger minha liberdade. 

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