A luz dos dados colocados no post anterior vemos que mesmo com o crescimento os emergentes ainda precisam evoluir muito principalmente nos quesitos educações e inovação. Para variar, as conclusões aqui não visam esgotar o assunto e considerações adicionais serão ainda abordadas. Mas, como disse em post anterior é sempre bom que o analista tenha muita calma nessa hora, não seremos nós que vivemos da seara internacional que vamos suspirar de emoção por que o Presidente Obama elogiou o Presidente Lula. Ou se derreter a seus poderes de oratória como o Jorge Pontual faz na Globo News. Ah e claro as conclusões aqui são limitadas por minhas habilidades, então todos em busca de suas próprias conclusões.
A demanda por importações dos BRIC é predominantemente proveniente dos EUA e EU (27), logo a crise nesses centros compromete o crescimento continuado das economias dessa sigla que são a base de seu crescente poder. Faz-se necessário algumas considerações no que tange ao poder já que Rússia, China, Índia são potencias nucleares e os dois primeiros são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas o que os torna atores proeminentes, no campo político militar.
O Brasil apesar de ter diversificado sua pauta e aumentado seus parceiros não conseguiu aumentar sua participação global no comércio, além de sofrer com conjunturas internas por todos nós conhecidas que serão aprofundadas há seu tempo. Mas a titulo ilustrativo, temos problemas com educação o que afeta as inovações e patentes, temos problemas logísticos que aumentam os custos de Exportação (o infame custo Brasil), temos problemas nas contas do setor público, sérios problemas de transparência, de sistema tarifário e segurança que afastam IED’s. Mas, não podemos negar que houve progressos. Chama atenção, também, o fato de 30% do nosso comércio ser de origem agrícola o que acaba por justificar a importância dada a Doha pela diplomacia e mídia nacional.
A Rússia e a União Européia apesar de adversários na questão da expansão da OTAN. São parceiros comerciais importantes, contudo, como vemos pelas constantes interrupções de fornecimento de gás, essas relações comerciais fortemente integradas, não criaram um cenário de cooperação mais profunda. Além disso, como bem disse um economista (que infelizmente eu não lembro o nome, se alguém souber diga-me) no programa Globo News Painel, a Rússia está se tornando os “Emirados Eurasianos da Rússia” ou algo assim, o que ele enfatizava é que a economia russa mesmo tendo uma base educacional forte está cada vez mais concentrada em petróleo e gás 72% das exportações russas para ser exato.
A Índia tem uma atuação mais regionalizada na Ásia, muito embora laços com o Brasil, por exemplo, estejam se estreitando, por exemplo, a Marco Pólo (fabricante de ônibus) tem uma unidade enorme em joint venture com uma empresa Indiana. A Índia tem se destacado pelo crescimento de setores altamente dinâmicos como de softwares e de atendimentos (call centers) sendo um destino comum de outsourcing de empresas Norte-Americanas. Sofre como todo país em desenvolvimento com o problema da fuga de cérebros.
Das chamadas economias emergentes apenas a China pode ser chamada de ‘global player’ estando entre os cinco maiores compradores ou fornecedores de todos os avaliados. Uma fragilidade nesses tempos de crise é que mais de 70% do PIB chinês deriva do mercado externo. E seu crescimento, apesar de vertiginoso e constante ainda não foi capaz de elevar os padrões de vida de grande parte da população chinesa, não obstante, a ‘pequena e crescente’ classe média chinesa é cada vez mais atrativa. Já que dada a população total da China até uma pequena parte é muito. A China tem um poder de barganha enorme por causa dessa sua classe média e por que seus 40% de poupança estão em grande medida aplicadas nos EUA e na UE, além disso, como maior destino de IED do mundo faz da estabilidade e boas relações com a China ponto primordial em muitas Políticas Externas.
Com tudo isso em mente fica claro o declínio das economias centrais tradicionais não é tão brusco como a mídia pode levar um observador incauto a acreditar. E a ascensão dos BRIC é digna de nota, pois são novos mercados, grandes com economias relativamente complexas que estão aptas a receber investimentos e claro são mercados compradores.
A cúpula do G-20, a meu ver, longe de negar a globalização é na verdade conseqüência desse processo, curioso notar que os emergentes que adotaram (a contragosto, diga-se de passagem) os preceitos liberais (neoliberais como gostam os manifestantes) estão com as economias mais sólidas, e por isso mesmo são capazes de nesse momento de crise aumentar sua importância e influência nos fóruns. Mas, não tenha duvidas o aumento da importância dos emergentes em muito dependerá da capacidade de cada um deles de agir no cenário internacional.
A demanda por importações dos BRIC é predominantemente proveniente dos EUA e EU (27), logo a crise nesses centros compromete o crescimento continuado das economias dessa sigla que são a base de seu crescente poder. Faz-se necessário algumas considerações no que tange ao poder já que Rússia, China, Índia são potencias nucleares e os dois primeiros são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas o que os torna atores proeminentes, no campo político militar.
O Brasil apesar de ter diversificado sua pauta e aumentado seus parceiros não conseguiu aumentar sua participação global no comércio, além de sofrer com conjunturas internas por todos nós conhecidas que serão aprofundadas há seu tempo. Mas a titulo ilustrativo, temos problemas com educação o que afeta as inovações e patentes, temos problemas logísticos que aumentam os custos de Exportação (o infame custo Brasil), temos problemas nas contas do setor público, sérios problemas de transparência, de sistema tarifário e segurança que afastam IED’s. Mas, não podemos negar que houve progressos. Chama atenção, também, o fato de 30% do nosso comércio ser de origem agrícola o que acaba por justificar a importância dada a Doha pela diplomacia e mídia nacional.
A Rússia e a União Européia apesar de adversários na questão da expansão da OTAN. São parceiros comerciais importantes, contudo, como vemos pelas constantes interrupções de fornecimento de gás, essas relações comerciais fortemente integradas, não criaram um cenário de cooperação mais profunda. Além disso, como bem disse um economista (que infelizmente eu não lembro o nome, se alguém souber diga-me) no programa Globo News Painel, a Rússia está se tornando os “Emirados Eurasianos da Rússia” ou algo assim, o que ele enfatizava é que a economia russa mesmo tendo uma base educacional forte está cada vez mais concentrada em petróleo e gás 72% das exportações russas para ser exato.
A Índia tem uma atuação mais regionalizada na Ásia, muito embora laços com o Brasil, por exemplo, estejam se estreitando, por exemplo, a Marco Pólo (fabricante de ônibus) tem uma unidade enorme em joint venture com uma empresa Indiana. A Índia tem se destacado pelo crescimento de setores altamente dinâmicos como de softwares e de atendimentos (call centers) sendo um destino comum de outsourcing de empresas Norte-Americanas. Sofre como todo país em desenvolvimento com o problema da fuga de cérebros.
Das chamadas economias emergentes apenas a China pode ser chamada de ‘global player’ estando entre os cinco maiores compradores ou fornecedores de todos os avaliados. Uma fragilidade nesses tempos de crise é que mais de 70% do PIB chinês deriva do mercado externo. E seu crescimento, apesar de vertiginoso e constante ainda não foi capaz de elevar os padrões de vida de grande parte da população chinesa, não obstante, a ‘pequena e crescente’ classe média chinesa é cada vez mais atrativa. Já que dada a população total da China até uma pequena parte é muito. A China tem um poder de barganha enorme por causa dessa sua classe média e por que seus 40% de poupança estão em grande medida aplicadas nos EUA e na UE, além disso, como maior destino de IED do mundo faz da estabilidade e boas relações com a China ponto primordial em muitas Políticas Externas.
Com tudo isso em mente fica claro o declínio das economias centrais tradicionais não é tão brusco como a mídia pode levar um observador incauto a acreditar. E a ascensão dos BRIC é digna de nota, pois são novos mercados, grandes com economias relativamente complexas que estão aptas a receber investimentos e claro são mercados compradores.
A cúpula do G-20, a meu ver, longe de negar a globalização é na verdade conseqüência desse processo, curioso notar que os emergentes que adotaram (a contragosto, diga-se de passagem) os preceitos liberais (neoliberais como gostam os manifestantes) estão com as economias mais sólidas, e por isso mesmo são capazes de nesse momento de crise aumentar sua importância e influência nos fóruns. Mas, não tenha duvidas o aumento da importância dos emergentes em muito dependerá da capacidade de cada um deles de agir no cenário internacional.
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