Pular para o conteúdo principal

Relações Sino-Africanas - II

[Ler primeiro, aqui]

Trocas comerciais
O comércio entre China e o continente Africano, começou a crescer em ritmo acelerado a partir do ano 2000, como parte integrante dos planos chineses de se tornarem ‘global traders’, entre o ano de 2001 e 2006, as exportações africanas para a china cresceram ao percentual de 40% ao ano, partindo do patamar de USD$ 4,8 bilhões, para USD$ 28,8 bilhões, só a África Subsaariana, correspondeu por 85 % de todas as importações chinesas da África. Compostas basicamente de commodities metálicas, petróleo, gás e petroquímicos. WANG, (2007, p. 5).

O saldo comercial tem sido favorável para a África, conseguindo atingir, superávits de USD $2 bilhões anuais, em 2006, é certo que esse índice foi possível graças aos elevados preços de petróleo, então praticados, uma vez que o petróleo e gás correspondem a 61% das exportações africanas para a China.

As exportações chinesas para a África são segundo o Fundo Monetário Mundial, (IMF, 2007) primordialmente compostas por Bens Manufaturados 45% e por Maquinaria e equipamentos de transporte 31%.

No contexto geral do comércio exterior africano, a China ainda é um sócio menor que a UE e os EUA. Nesse sentido assevera WANG (2007 p. 6).

Africa-China trade, although growing fast, is relatively small in the global context: China accounted for 16 percent of total African exports (19 percent of exports from SSA) in 2006, a share well below that of the E.U. and the U.S.A. Although the E.U. and the U.S.A. continue to make major contributions to Africa’s export growth, China is catching up fast. China’s imports from and exports to Africa are still smaller than its trade with the Middle East and developing countries in the Western Hemisphere, but it has set a goal of doubling two-way trade with Africa to US$100 billion by 2010. China is thus likely to take an increasingly larger share in Africa’s external trade

Figura retirada de WANG, (2007, p. 7).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Crise no Equador

Sob forte protesto das forças policiais e parte dos militares, que impedem o funcionamento do aeroporto internacional de Quito. Presidente Correa cogita usar dispositivo constitucional que prevê dissolução do Congresso e eleições gerais. Mais uma grave crise política na América do Sul. Numa dessas coincidências típicas de se analisar as coisas internacionais discutia semana passada numa excelente postagem de Luís Felipe Kitamura no laureado blog Página Internacional a situação equatoriana. A postagem tinha como título Equador: a instabilidade política e suas lições . Na qual o colega discorria sobre o péssimo histórico de conturbação política do país andino e sobre como o governo Correa parecia romper com isso usando a receita da esquerda latina de certo pragmatismo econômico e políticas distributivas. Mas, justamente a instabilidade política que parecia a caminho da extinção volta com toda força em um episódio potencialmente perigoso, que contundo ainda é cedo para tecer uma análise

Meus leitores fiéis, pacientes e por vezes benevolentes e caridosos

Detesto falar da minha vida pessoal, ainda mais na exposição quase obscena que é a internet, mas creio que vocês merecem uma explicação sobre a falta de manutenção e atualização desse site, morar no interior tem vantagens e desvantagens, e nesse período as desvantagens têm prevalecido, seja na dificuldade na prestação de serviços básicos para esse mundo atual que é uma boa infra-estrutura de internet (que por sinal é frágil em todo o país) e serviço de suporte ao cliente (que também é estupidamente oferecido pelas empresas brasileiras), dificuldades do sub-desenvolvimento diria o menos politicamente correto entre nós. São nessas horas que vemos, sentimos e vivenciamos toda a fragilidade de uma sociedade na qual a inovação e a educação não são valores difundidos. Já não bastasse dificuldades crônicas de acesso à internet, ainda fritei um ‘pen drive’ antes de poder fazer o back up e perdi muitos textos, que já havia preparado para esse blog, incluso os textos que enviaria para o portal M

Extremismo ou ainda sobre a Noruega. Uma reflexão exploratória

O lugar comum seria começar esse texto conceituando extremismo como doutrina política que preconiza ações radicais e revolucionárias como meio de mudança política, em especial com o uso da violência. Mas, a essa altura até o mais alheio leitor sabe bem o que é o extremismo em todas as suas encarnações seja na direita tresloucada e racista como os neonazistas, seja na esquerda radical dos guerrilheiros da FARC e revolucionários comunistas, seja a de caráter religioso dos grupos mulçumanos, dos cristãos, em geral milenaristas, que assassinam médicos abortistas. Em resumo, todos esses que odeiam a liberdade individual e a democracia. Todos esses radicais extremistas tem algo em comum. Todos eles estão absolutamente convencidos que suas culturas, sociedades estão sob cerco do outro, um cerco insidioso e conspiratório e que a única maneira de se resgatarem dessa conspiração contra eles é buscar a pureza (racial, religiosa, ideológica e por ai vai) e agir com firmeza contra o inimigo. Ness