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Mostrando postagens de outubro, 2014

Soft Power ou ingerência?

O governo da Venezuela assinou um acordo de cooperação com o Movimento dos Sem Terra, como os dois atores são polêmicos (e polarizadores) é provável que muito se vá escrever e falar sobre essa parceria. É lugar comum dizer que Nye mudou a maneira como analistas de Relações Internacionais olham para a questão do poder e sua fungibilidade no Sistema Internacional (lócus onde interagem os Atores Internacionais como Estados, Organizações Internacionais e grupos de opinião e interesse específico como ambientalistas, por exemplo). Nye mostrou que há maneiras brandas, sedutoras de exercer poder, isto é, de influenciar atores para que tenham o comportamento desejado sem usar fatores coercitivos. Grosso modo, Soft Power tem maiores chances de funcionar quando o proponente da ação possui atratividade cultural, valores políticos claramente discerníveis na sua realidade interna e política externa vista como legitima e moralmente correta. Afinal, isso seria atrativo para outros atores. O ac

Evento: II Fórum Universitário de Paradiplomacia e simulação de negociação

Abaixo o release do evento. Atenção, Internacionalistas! Inscrições abertas para a Simulação do II Fórum Universitário de Paradiplomacia Reforçando o interesse em ampliar o contato entre alunos universitários de Relações Internacionais e a prática da paradiplomacia, a Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de São Paulo realiza nos dias 10, 11 e 12 de dezembro a segunda edição do Fórum Universitário de Paradiplomacia, promovendo uma simulação de negociação internacional no tema “Regiões das Américas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Serão 120 vagas para participar deste modelo inédito de simulação! Você tem interesse em participar? Escolha sua dupla e faça a inscrição: http://goo.gl/K2ng7q E não deixe de curtir a página do Fórum no Facebook: http://www.facebook.com/forumparadiplomacia

Evento: Seminário Relações Internacionais Contemporâneas, 04/11, Teresina

O Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realiza o Seminário Relações Internacionais Contemporâneas e o Papel do Atores Não Estatais: Desafios, cenários e protagonismos. No dia 4 de novembro de 2014. No folder detalhes do programa

Oportunidade: Workshop Consultoria Política, Brasília, 9-10 out

Os agitados e competentes alunos da minha querida Alma Mater, Universidade Católica de Brasília estão realizando um excelente Workshop em Consultoria Política: Carreira e Oportunidades, em Brasília dias 9 e 10 de outubro. O elenco de palestrantes é jovem e com currículos adensados. Abaixo o release do evento. Nascido de uma iniciativa conjunta do Professor MSc. Creomar de Souza e dos Núcleos de Estudos: USSP (United States Studies Program), IMAGE (International Marketing Agency) e CONEX (Empresa Júnior em Consultoria de Negócios Exteriores e Comércio Internacional), os Workshops RiUCB foram criados com a intenção de fortalecer a capacitação dos estudantes de Relações Internacionais do Distrito Federal através do oferecimento da oportunidade de debater temáticas atuais no campo de atuação dos Internacionalistas. A primeira edição traz à luz a temática da carreira e oportunidades para profissionais de Relações Internacionais na Consultoria Política. Contando com a presença de

Edital para pesquisadores em Segurança e Defesa Nacional

Chamada CNPq/Pandiá Calógeras Programa Álvaro Alberto de Indução à Pesquisa em Segurança Internacional e Defesa Nacional N º 29/2014 O Instituto Pandiá Calógeras do Ministério da Defesa e o CNPq lançaram conjuntamente, no dia 06 de outubro de 2014, o Programa Álvaro Alberto de Indução à Pesquisa em Segurança Internacional e Defesa Nacional. A chamada pública tem por objetivo fomentar a pesquisa sobre Segurança Internacional e Defesa Nacional por meio da seleção de propostas para apoio financeiro a projetos de pesquisa sobre temas relevantes para a inserção internacional do Brasil e a gestão da defesa nacional, no campo das ciências humanas e sociais aplicadas, em duas linhas de pesquisa: Entorno Estratégico e Economia da Defesa. As duas linhas de pesquisa incluem os seguintes temas prioritários: Entorno Estratégico • A defesa nas fronteiras terrestres da América do Sul: o processo de integração regional sul-americana e sua relação com iniciativas de cooperação na área de d

O valor do voto

Sabe quando você abre o editor de textos pra escrever sobre a eleição de amanhã e aí você desenha o esqueleto do texto e procura elementos pra adensar a reflexão que se propõe, então nessa caminhada você acaba se deparando com um escrito que toca com elegância e concisão no ponto que você queria fazer. Eu chamo esse processo de doce-desilusão. Doce por que ler coisas boas nutre o intelecto, desilusão por que o texto que se pretendia, já não é necessário. Queria escrever sobre o valor do voto na democracia, Paulo Roberto de Almeida chegou lá, antes de mim. Os radicais de vários matizes, orgulhosos de seu extremismo, desprezam a democracia, o sistema como gostam de chamar, colocam epítetos na democracia para na defesa do totalitarismo ou do autoritarismo possam dizer que defendem a democracia que seria verdadeira. Truque barato, que funciona. Quantos por dia não defendem uma intervenção militar ou a ruptura do sistema pela via esquerdista? Um problema que identifico em toda América

Eleição brasileira vista de Portugal, por Francisco Seixas da Costa

O ex-embaixador português no Brasil (leitor ocasional dessa página, para nosso orgulho) Francisco Seixas da Costa faz uma breve e elegante análise da visão portuguesa acerca do pleito brasileiro. O texto vai tal qual o original que pode ser lido aqui . Brasil Por Francisco Seixas da Costa Qual dos candidatos às eleições presidenciais brasileiras poderá, à partida, ser mais favorável aos interesses que a Portugal compete defender nas suas relações com aquele país? A recondução de Dilma Roussef será preferível à hipótese de eleição de Marina Silva ou à escolha, agora cada vez mais improvável, de Aécio Neves? Este exercício é apenas teórico, porquanto o bom senso recomenda que não nos imiscuamos numa compita que, sendo profundamente democrática, terá como resultante final a vontade  de um país que, em qualquer circunstância, permanecerá no quadro da nossa atenção próxima. Mas nem sempre foi assim. Durante muitos anos, a vida política interna brasileira, podendo ocupar o interesse